Monday, July 27, 2009

Júri Popular SP: O Divino, De Repente é a Melhor Animação Brasileira



Foi o filme de Fábio Yamaji que levou o prêmio de Melhor Animação Brasileira, segundo a decisão do Júri Popular de São Paulo! O Divino, de repente mistura as técnicas de stop motion, pixilation, rotoscopia, lápis sobre papel e filmagem em super 16mm para dar vida aos repentes que Divino improvisa para contar sua história. Merecidíssimo! Veja aqui o Fábio recebendo o troféu Anima Mundi 2009:


Sunday, July 26, 2009

Júri Popular SP: os premiados

Melhor Curta-Metragem:

1º Lugar - MON CHINOIS - Cédric Villain - França
(Eleito o melhor filme também no Rio de Janeiro! Assista acima o curta legendado ou, se preferir, baixe o arquivo em alta definição no site do diretor)

2º Lugar - THIS WAY UP - Smith & Foulkes - Reino Unido

3º Lugar - WALLACE AND GROMIT: A MATTER OF LOAF AND DEATH - Nick Park - Reino Unido


Melhor Curta-Infantil:
1º Lugar - ACHADOS E PERDIDOS (LOST AND FOUND) - Philip Hunt - Reino Unido

2º Lugar - PAUL E O DRAGÃO (PAULTJE EN DE DRAAK) - Albert 't Hooft, Paco Vink - Holanda

3º Lugar - O REI DA ILHA (IL RE DELL'ISOLA) - Raimondo Della Calce - Itália


Melhor Animação Brasileira:
1º Lugar - O DIVINO, DE REPENTE - Fábio Yamaji - Brasil

2º Lugar - JOSUÉ E O PÉ DE MACAXEIRA - Diogo Viegas - Brasil

3º Lugar - O ANÃO QUE VIROU GIGANTE – Marão - Brasil


Melhor Filme de Estudante:

1º Lugar - FOR SOCK’S SAKE - Carlo Vogele - França/Estados Unidos

2º Lugar - OUR WONDERFUL NATURE - Tomer Eshed - Alemanha

3º Lugar - SECONDE CLASSE - Boris Belghiti - França


Melhor Longa-Metragem:
1º Lugar - MIA ET LE MIGOU - Jacques Rémy Girerd - França

2º Lugar - $9.99 - Tatia Rosenthal - Austrália

3º Lugar - THE GOOD SOLDIER SHWEIK - Robert Crombie - Ucrânia, Reino Unido


Prêmio Núcleo de Animação de Campinas:
L.E.R. - João Angelini - Brasil

ANIMA MUNDI WEB
Prêmio Popular:


CIDADÃO DE PAPELÃO - Ivan Mola - Brasil
Prêmio Profissional:

PIMIENTA - Juan, Mariano, Diego, Franco - Argentina

Premiação do Júri Popular de São Paulo

A Sala 1 do Memorial foi palco nesse domingo da sessão de encerramento do Anima Mundi 2009, com a entrega dos prêmios de melhores filmes eleito pelo Júri popular de São Paulo. A seguir, alguns momentos da sessão:

Da esquerda para a direita: o diretor Marcos Magalhães, um Andreas Hykade, a mesa de luz do Prêmio Núcleo de Animação de Campinas e mais três Andreas Hykades.


Mauro Souza recebe o prêmio Anima Mundi Celular (Júri Profissional) por A Roda.




Ivan Mola agradece aos amigos e familiares (que compareceram em peso!) pelo apoio em Cidadão de Papelão, ganhador do Anima Mundi Web segundo o Júri Popular.


César Coelho lembrou que essa edição do Anima Mundi marca a consolidação da indústria de animação no Brasil, e que o sucesso do Anima Fórum, que aconteceu pela primeira vez no Rio de Janeiro, é consequência disso. Produções nacionais estão estreando na TV à Cabo, no momento, 12 produções estão em andamento e mais de 50 Milhões estão sendo investidos. Para concluir, César disse: "Os responsáveis por isso são vocês. O Anima Mundi a cada ano ganha mais importância, e hoje é provavelmente um dos maiores festivais de animação do mundo. Mas a certeza que temos é que esse é o melhor público do mundo, e se hoje existe uma indústria, é graças a vocês."

Anima Mundi 2009: último dia!


Hoje se encerra mais uma edição do Anima Mundi. Mas ainda é dia de curtir algumas das 16 sessões da programação desse domingo e participar dos últimos momentos das oficinas do Estúdio Aberto.
E por aqui, um pouco do que anda acontecendo por lá:


Zootrópio


Curtas em apreciação na Galeria Animada


Camisetas, DVDs, Flip Book e outros mimos na lojinha


Animação em Película


E às 20h é a vez do Júri Popular de São Paulo decidir quais são os melhores filmes do festival! As categorias são: Melhor Curta-Metragem, Melhor Longa-Metragem, Melhor Curta Infantil, Melhor Animação Brasileira, Melhor Filme de Estudante.
Logo após a sessão publicaremos o resultado, então até daqui a pouco!

Amid Amidi e o Cartoon Moderno


O Papo Animado com Amid Amidi, que aconteceu nessa quinta-feira, foi uma verdadeira aula de estética sobre os cartoons americanos da década de 50. Esse período é considerado por estudiosos hoje como um dos mais férteis da história da animação, considerando a originalidade do que era produzido até mesmo pelos grandes estúdios da época, como o de Walt Disney. A apresentação foi baseada no livro de sua autoria, o Cartoon Modern, um estudo que levou 7 anos de pesquisa e mais de 40 entrevistas com profissionais da animação para ser concçuído. Mas a sessão teve a vantagem da exibição dos curtas, que deu ao público do Memorial uma dimensão maior do que quando se vê apenas as ilustrações do material impresso.



Algumas das cabeças por trás do lendário UPA


Amid mostrou como se deu essa renovação e quebra de paradigmas estéticos através do trabalho de grandes desenhistas e diretores que aos poucos foram conquistando maior liberdade dentro dos estúdios. Alguns deles em breve integrariam a conceituada UPA (United Productions of America). Ward Kimbal, por exemplo, foi o único artista que, segundo Amidi, fora chamado de "gênio" por Walt Disney. Para se ter uma idéia da revolução que Kimbal implementou no estúdio, Amidi comparou em dois quadros um desenho do filme Peter Pan, em 53, e outro feito pouco mais de um ano depois:


Este em primeiro plano é um trecho de um filme que, nas palavras de Amidi, "é uma bíblia da animação em Los Angeles. Uma fonte de inspiração até hoje, pela riqueza na caracterização dos personagens." O curta se chama Toot Whistle Plunk and Boom, uma animação divertidíssima onde o Professor Coruja dá uma aula sobre a história da música, do homem das cavernas aos dias de hoje, explicando os quatro tipos básicos de instrumentos. Amidi explicou também a forma harmoniosa em que o design interagia com os movimentos, e a animação limitada a apenas algumas partes da cena criava um efeito cômico realçado, enquanto que dinamizava o tempo e o orçamento da produção.


Cena do clássico Toot Whistle Plunk and Boom, de Ward Kimbal.

Entre outros filmes exibidos, Amidi ressaltou a importância de artistas como Tom Oreb e Ed Benedict na criação de personagens como Zé Colmeia, Bob Pai e Bob Filho, etc, cujas formas e silhuetas são simples e eficientes, comunicativas. O estilo deles hoje influencia trabalhos comtemporâneos como Madagascar e Ren & Stimpy, de Tom McGrath. E a crítica que Amid faz a maioria das animações de hoje em dia é justamente o excesso de estilização, onde falta personalidade às figuras.


Um esboço do querido Zé Colméia vs. a hiper-estilização atual.

Como último filme da sessão, Amid Amidi selecionou o seu favorito. Fleubus, de Ernie Pintoff, traz uma abordagem mais introspectiva dos personagens, outra quebra de paradigmas em uma era onde a ação frenética e animais com atitudes humanas eram mais valorizados nos desenhos. Na animação, Flebus ama todo mundo e todos amam Flebus, exceto Rudolph. que recusa todos os seus presentes. Ambos procuram um psicanalista freudiano, que ironicamente dá o mesmo diagnóstico para os dois: “O seu prrrroblema é... você é neurrrrótico!”:


Saturday, July 25, 2009

Nesse sábado: The Good Soldier Shweik



A sessão das 23h do Memorial 2 hoje traz uma oportunidade única de conferir o longa The Good Soldier Shweik, de Robert Crombie. Única mesmo, já que, pelas palavras do diretor, seu filme foi proibido de ser exibido em um dos países de produção, a Ucrânia, e com isso enfrenta problemas de distribuição.

Baseado na baseada na famosa obra inacabada do humorista checo Jaroslav Hašek, Josef Shweik, um vendedor de cachorros de segunda mão, é convocado para a Primeira Guerra Mundial. No exército, o “idiota” Shweik é preso, dado como louco, usado como prêmio em apostas, e quase enforcado a caminho do front. Na adaptação de Crombie, Robert Crombie, o romance de Jaroslav Hašek foi finalizado com com base na famosa trégua de Natal de 1914, em que os soldados britânicos, alemães e franceses resolveram cessar fogo, trocando presentes e jogando futebol, sem o consentimento do Alto Comando Militar.


Com altas doses de humor negro, Soldier Shweik é um filme anti-guerra, que pelas suas ácidas críticas ao exército foi lamentavelmente retirado de circulação na Europa Oriental. Assista aqui o trailer.

Friday, July 24, 2009

O Grafite Animado no Memorial já é um sucesso!



São Paulo foi a cidade onde ocorreu a explosão do grafite brasileiro na década de 1980, tendo como um dos pioneiros o artista Alex Vallauri. Mais recentemente, artistas urbanos como Os Gêmeos, Donato e Binho Ribeiro ainda mantém os muros da cidade mais expressivos por meio de seus trabalhos. Com o grafite, a cidade vai ficando menos cinza, mais colorida, mais bonita. E talvez seja por isso que o público de São Paulo entendeu tão bem o conceito da instalação criada por Marcio Ambrosio e Sophie Klecker para o Anima Mundi. Veja aqui em baixo um pedacinho de um dos trabalhos:




Bacana, né? Quem ainda não deu movimento ao seu grafite, ainda dá tempo: o Grafite Animado fica disponível de 14 às 20 horas lá no Memorial. E para conferir o resultado final das animações, é só acessar o mural no site.

Anima Mundi no CCBB SP

O CCBB SP: Rua Álvares Penteado número 112


O Memorial da América Latina é onde o público tem mais espaço tanto para assistir as sessões quanto para participar das oficinas do Estúdio Aberto. Mas vale lembrar que o Centro Cultural Banco do Brasil, localizado no centro de São Paulo, também oferece - e muito bem! - ótimas opções da programação do Anima Mundi. E o melhor: a entrada é gratuita! Para assistir os filmes, basta pegar sua senha, que é distribuída no dia da sessão à partir das 10h, na bilheteria.

A sala de cinema do CCBB: as portas só estão

fechadas na foto porque a sessão já começou!


Nesse sábado, às 15h, o horário está reservado para a sessão Infantil 7, e mais tarde, às 19h, é a vez do longa Peur(s) Du Noir, um conjunto de contos de terror e suspense já comentado aqui no blog. E no domingo, quem perdeu o Papo Animado com o ilustríssimo Pritt Pärn, poderá conferir os curtas que ele apresentou no Memorial a partir das 17h, e de quebra, ainda assistir seu média-metragem Elu Ilma Gabriella Ferrita, às 19h.

Cena do filme Elu Ilma... de Priit & Olga Pärn (2008)

Walt Disney Studios apresenta o making of de Bolt


Um estudo do supercão Bolt, mostrado por Renato e Leo
durante a apresentação na Praça Animada, no Rio.


Hoje, às 21h no Memorial 2, é a vez de São Paulo conferir a apresentação especial de Bolt, oferecida pelo brasileiro Renato dos Anjos e o espanhol Leo Sanchez-Barbosa, ambos animadores dos Estúdios Disney.

Antes da exibição do filme, a dupla preparou uma apresentação que vai mostrar minuciosamente a construção em 3D do personagem principal do filme, as referências usadas (certo clássico da Disney de mais de 50 anos serviu de inspiração para o cãozinho, criado com as modernas tecnologias digitais de hoje em dia), as mudanças recentes que ocorreram no estúdio após a fusão com a Pixar. É como um extra de DVD ao vivo, apresentado diretamente por dois profissionais que se envolveram de corpo e alma na produção desse filme, um divisor de águas nos Estúdios Disney. Foi a partir de Bolt que se implementou uma maior integração entre os departamentos do estúdio e uma preocupação maior artística nas produções.

Renato dos Anjos nasceu em São Bernardo do Campo, e quando tinha 14 anos, entrou como estágiário no estúdio de animação de Daniel Messias. A partir de 1997, mudou-se para os Estados Unidos, para se especializar. Leo Sanchez Barbosa é catalão e sempre teve como paixão desenhar.Foi trabalhar em Londres, onde a indústria de animação europa é mais forte, e posteriormente nos Estúdios Disney, em Burbank, onde trabalhou com Renato. Ambos foram responsáveis pela expressividade dos personagens em Bolt, quando implementaram mudanças já na fase de produção, o que teve uma influência crucial na qualidade da animação.

Thursday, July 23, 2009

Entrevista com Scott Tom, do Estúdio Laika


Há 12 anos que Scott Tom trabalha com todos os aspectos da fabricação de bonecos e cenários para a animação stop-motion. Coordenou departamentos de fabricação de bonecos em programas de TV e comerciais, como The PJ's, Gary & Mike e Robot Chicken. Em Coraline, foi chefe de fabricação de bonecos. Alguns minutos antes de sua apresentação especial do filme, ontem no Memorial, Scott Tom nos concedeu uma rápida entrevista, falando um pouco dos detalhes da produção e do que está achando do festival.

Qual a importância de se manter a estética do stop motion em um filme como Coraline, mesmo com tantos recursos em 3D, computação gráfica?

Tom - Nossa preocupação estética em Coraline foi a de deixar aquele mundo muito táctil. A Animação 3D gerada por computação pode parecer muito "etérea", enquanto o o stop-motion é mais "mundo real". Tudo que se vê na imagem realmente foi feito: os detalhes dos bonecos, o figurino, os ambientes. Acho que tudo isso atravessa a tela, é mais caloroso, tem mais apelo com o público, de uma forma que animação gerada inteiramente por computador muitas vezes não tem. Um boneco fabricado e fotografado nos dá uma sensação real de profundidade e tridimensionalidade.

A plasticidade visual de Coraline chega até mesmo aos cabelos dos personagens, onde fios eram inseridos um a um nos bonecos, para garantir uma movimentação realista.

Como foi a concepção visual dos personagens de Coraline? Eles foram criados a partir do zero por sua equipe, ou vocês tiveram alguma referência visual do diretor Henry Selick?

Tom - A inspiração visual para Coraline foi indepentente do que foi criado para o livro. Todos os personagens foram concebidos de acordo com a concepção de Henry, sua visão de como os bonecos deveriam ser, os cenários, etc. Para isso, ele trabalhou com diferentes ilustradores, que o ajudaram a se comunicar visualmente com quem fabricava os bonecos, com quem construía os cenários. Um dos ilustradores foi Tadahiro Uesugi, que teve uma participação muito grande na identidade visual dos personagens. Mas Tadahiro não foi o único na criação do visual do que veio a se tornar o mundo de Coraline. Nós precisávamos de mais ilustradores envolvidos, e o que se vê na tela é o resultado do esforço de uma equipe em dar vida ao que Henry tinha em mente. Foram muitas tentativas, nós esculpimos várias vezes inúmeras versões dos bonecos. Tínhamos, por exemplo, uma figurinista para os personagens. Hoje estamos satisfeitos em afirmar que nenhuma outra animação stop-motion mostrou tantas "trocas de roupa" quanto Coraline, e isso foi implementado para que Henry conseguisse mostrar o passar do tempo na história. Tudo isso deu um caráter único para a animação.
Na apresentação, Scott exibiu uma das ilustrações de Tadahiro Uesugi,

que ajudaram na concepção do Pink Palace, em Coraline.



Voce diz que o as animações de Ray Harryhausen é uma grande influência no seu trabalho, mas talvez muita gente não saiba exatamente quem ele é. Que filmes em stop motion você recomendaria para quem quer conhecer mais sobre essa técnica?

Tom - Ray é como se fosse "o pai do stop motion"- acho que todos na indústria pensam assim. Certamente ele não foi o primeiro a usar a técnica, mas foi aquele que a trouxe para o mainstream. E não eram filmes estritamente de stop-motion, eram efeitos especiais. Eu era bastante jovem quando assisti a Fúria de Titãs (1981), um filme em que alguns personagens eram deuses, e todos os efeitos foram criados por Ray. Olhando para trás, ele criou muita coisa pioneira em stop-motion. Outro filme que eu vi quando jovem e me influenciou bastante foi O estranho mundo de Jack (1993), do próprio Henry Selick, que muitos devem ter visto, um grande sucesso. Esses dois são filmes bem fáceis de se encontrar por aí, e funcionam muito bem como apresentação ao stop-motion. Mas essa técnica está em toda parte, se olharmos em programas infantis, comerciais, sempre encontramos exemplos.

E o que você tem achado do Anima Mundi? Como foi a receptividade do público com a sua apresentação do making of de Coraline com Mike Cachuela?

Tom - Bem, eu me sinto mal em dizer que não tinha ouvido falar do Anima Mundi até um ano atrás, e meus colegas sempre falavam: "você precisa ver como é". E é mesmo fantástico. Eu tive a felicidade de vir aqui com Coraline e conversar com esse público, e fiquei impressionado com a forma com que se interessavam. Nos Estados Unidos, nós não temos um festival de animação como esse, não com uma estrutura tão grande assim. Se faz muita animação nos Estados Unidos, mas o interesse do público não é como o daqui. Gostaríamos que fosse, porque é inspirador para a gente que trabalha duro para fazer tudo dar certo. É um processo muito lento fazer animação, e chegar em um lugar onde as pessoas querem muito saber como foi feito, que nos dão esse esse tipo de resposta, vale muito a pena.

Wednesday, July 22, 2009

Dois curtas brasileiros

Um lugar comum (2009)


Quem assistiu os Curtas 4 ontem no Memorial teve o privilégio de ter a sessão apresentada por dois jovens animadores cujos filmes estavam incluidos na seleção. Ambos são filmes de estréia de diretores recém-formados, mas com o mérito de já figurarem na mostra competitiva do Anima Mundi.


Jonas Brandão

Jonas Brandão é o diretor de Um Lugar Comum, seu projeto de TCC do curso de Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos. "É muito bom mostrar pra vocês um filme que veio de longe e levou 3 anos para ser feito", contou Jonas para uma platéia que encheu a sala 1.




Pedro Eboli

Pedro Eboli apresentou Papercut, resultado de seus estudos na Vancouver Film School. Pedro contou que até os 26 anos trabalhava com publicidade, mas que decidiu subitamente mudar o rumo de sua carreira. "Para quem se interessa por animação, ainda dá tempo", disse.


Papercut (2008)


Para quem perdeu, a sessão Curtas 4 ainda será exibida na sexta, às 17h na sala 2 do Memorial.

Nessa quinta: Papo Animado em duas sessões

Amidi Amid em seu habitat natural: em meio a cartoons e desenhos.

Já está garantido que a noite de hoje vai ser duplamente animada. É que a sala 2 do Memorial está reservada para receber em sequência duas sessões do Papo Animado. A primeira, às 19h, é com Amidi Amid, assumidade em animação e co-criador do site Cartoon Brew. Sobre o Amidi já falamos aqui, e essa vai ser a vez do público de São Paulo conferir a seleção de curtas selecionados por ele.

Priit Pärn, da Estônia, lugar onde os tremas,

banidos na nossa nova ortografia, ainda encontram refúgio.


Logo depois, às 21h, o encontro é com Priit Pärn, que irá mostrar o que é que a Estônia tem em matéria de animação. Daqui, já podemos adiantar que não é pouca coisa. Esse cantinho da Europa, com menos de um milhão e meio de habitantes, é um verdadeiro reino encantado da animação, onde provavelmente se encontra a maior densidade populacional de animadores, e se produz alguns dos filmes mais loucos e inovadores desta linguagem.

Karl and Marilyn, de Priit Pärn (Estônia, 2003)

Pärn é conhecido pelo seu estilo surrealista – cujo traço inspirou uma série de artistas contemporâneos, como a série Rugrats, do canal Nickelodeon – e pelo humor ácido de filmes como Hotel E. Para o bate-papo, está programada a exibição de dois de seus curtas (1985 e Karl and Marilyn), o poema animado Ma kuklas tunnen eluaegset kuulie e dois engraçadíssimos comerciais de bebida feitos por ele (confira os detalhes aqui).


Petrobras e o melhor do Anima Mundi



Uma boa pedida para quem vai ao festival no Memorial é conferir o lounge que a Petrobras preparou no saguão da fundação. Patrocinadora majoritária do Anima Mundi há 13 anos, a empresa oferece uma retrospectiva com o que foi exibido de melhor nas edições passadas. É só se aconchegar, botar os fones e assistir trechos da série de DVDs "O Melhor de Anima Mundi"em monitores LCD de alta qualidade.

E para quem prefere guardar e rever, as compilações podem ser encontradas nas melhores lojas, ou nessa seção do site.

Sessão de abertura SP


Stamm e Grilo falante, dois dos convidados da

sessão especial dessa terça-feira.





Patrocinadores, realizadores e convidados do festival participaram de uma sessão de abertura do Anima Mundi ontem à noite, no Memorial da América Latina. Como no Rio, a sessão foi apresentada por Fernando Caruso, que após ter convocado o público de São Paulo a usar as "máscaras de gala" durante o evento, convidou alguns dos parceiros do festival para falar um pouco sobre a presença do Anima Mundi em terras paulistanas.


Em nome da casa que acolhe o Anima Mundi em São Paulo, Fernando Leça, diretor do Memorial da Amárica Latina, falou da satisfação que a fundação tem em poder oferecer o festival para cidade de São Paulo além do Rio, onde o Anima Mundi nasceu. "Nos sentimos parceiros desse evento", afirmou.


Em seguida foi a vez dos patrocinadores, começando pela PETROBRAS, que comemora 13 anos de patrocínio majoritário ao festival. José Aparecido Barbosa, Gerente de Comunicação Institucional da Regional São Paulo-Sul da Petrobras, falou sobre a inserção do festival e da animação nas políticas culturais da empresa, a maior patrocinadora de cultura e arte no Brasil.


Representando a OI e o Oi Futuro, Victor D 'Almeida enfatizou a importância do festival no estímulo da produção brasileira de animação, a partir da formação e interação do público com as mostras e as oficinas de animação do Estúdio Aberto.



Ruth Harada, da IBM Brasil, falou um pouco do software MUAN, um sistema de código aberto que possibilita a captura e edição de animações feitas em nosso Estúdio Aberto, e que já está sendo implementado no Chile e outros países da América Latina. Lembrou também da importância do projeto Anima Escola.



Marcelo Mendonça, do Centro Cultural Banco do Brasil aproveitou para dar um toque: "o Memorial recebe muito bem o Anima Mundi na cidade de São Paulo, mas quero lembrar que o CCBB lá no centro oferece um ótimo recorte da programação do festival". Então tá dado o recado para quem trabalha ou passa no centro e quer esticar em alguma sessão: os filmes serão exibidos no auditório e na sala de cinema do CCBB também.

Depois, pouco antes da aguardada sessão, Aida Queiroz, Cesar Coelho, Léa Zagury e Marcos Magalhães, os diretores do Anima Mundi, falaram também sobre o mais importante disso tudo: o público. Contextualizando a importância de um festival de animação do porte do Anima Mundi em uma época em que novas tecnologias e canais na internet difundem até mesmo filmes inéditos e que estão na programação, Aida afirmou: "O recorde de público esse ano no Rio de Janeiro, com mais de 55 mil espectadores, não nos deixa mentir: quem gosta de animação quer participar, fazer parte do evento". E por aqui, ninguém espera participação diferente do público de São Paulo!



A sessão foi composta por alguns filmes de destaque que estão distribuidos por todas as mostras: a experiência sensorial de Jam, de Mirai Mizue; Dix, impressionante viagem sobre as consequências daquela mania que muitos têm de não pisar nas linhas da calçada; os divertidos French roast e Les pieds sur terre, o brasileiro L.E.R.; Phantom of the Cinema, onde a metalinguagem atinge até mesmo a projeção do filme; o onírico e musical Her Morning Elegance; e quatro novos episódios hilários de Log Jam, sensação da edição anterior do festival. Para visualizar onde será exibido cada filme da programação, a grade completa em pdf pode ser baixada aqui.


E o Anima Mundi chega a São Paulo!

O Memorial da América Latina está de portas abertas
para o Anima Mundi 2009.


Já começou! Tudo que você acompanhou no blog durante a temporada do festival no Rio, agora em São Paulo: as oficinas Estúdio Aberto, o Papo Animado com grandes nomes do mundo da animação, workshops, sessões especiais dos estúdios Disney e Laika e filmes de diversos países como Alemanha, Austrália, França, Reino Unido, Estados Unidos, República Checa, Letônia, Taiwan, Moçambique, Holanda, México, Portugal, Croácia e Rússia. Tomou fôlego? Porque aqui o intervalo foi curto, mas já desfizemos as malas e estamos no Memorial da América Latina e no Centro Cultural Banco do Brasil, oferecendo até domingo o melhor da animação mundial. Para quem ainda não fez sua programação, não custa lembrar que toda a informação está no site. E para quem quiser saber das novidades, acompanhar nossa cobertura, é só continuar por aqui e seguir a gente no twitter!